terça-feira, 4 de maio de 2010

Ludwig - em cena -

Uma caixa de sapatos, um copo,"Four Provinces", numa tarde qualquer.

...A velha carta nunca entregue...

"...
Hoje a manhã meio inlucida, nasceu chiada. Mais que bucólica, uma briga de azuis e brancos.
O final rascunnhado de pernoite, prelúdio matinal.
Na rádio mulheres modernas são felizes.
Meu café esfria amargamente ao ponto.
Espio com os ouvidos as lições do dia, mais que vida.
Pra moça me aprumo todo, mesmo que não a veja, nem seja a prova do reparo.
Do seu pefil nem sinto mais falta.
Por esses dias ainda vejo se a vejo...
daqui pra lá são cinco minutos.
Me roubam a atenção melodias que não vão com o mesmo desprendimento daqueles olhos por esses quadris.
No meio do camnho piora...
No fim do começo, do começo..."



(Ao Som - "You & Me")

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Aos Olhos

A vontade de brilhar aumenta ao mesmo passo em que me vejo mais oca e mais morta.
Repito a mesma forma de cruzar as pernas pra dormir e abraçar a mesma almofada. Repito mesmo gesto com a mão no rosto o dia inteiro.
Não me lembro do que se passa, mas sei o que quero pra ontem...
Rabiscar essa parede pálida.
Brilhar na sujeira desse submundo de alto nível "Hypeado".
Costumavam falar de mim, costumava aparecer mais por aí...
Agora não digo nada. Pago cada gozo e cada vomito que sai de mim no meio da noite.

Eu quero mais.
Que me dispare o coração até que pare de uma só vez inflamado de tanta euforia fabricada.
Eu não sinto mais nada, me faz sentir.

Você me traz um medo, me traz a realidade, me traz talvez a certeza que sei que tenho, mas costumo usar uma certa luz pra ofuscar isso tudo.
A realidade só serve pra me deixar mais triste e mais feia, mais pobre de mim.



Ass/ Nina*