...Pode ser numa manhã de sábado, num dia horrível...
Posso ser notícia ruim, me espalho bem...
Colada ou lambida no selo, todo rasurado, feito à mão, ou impresso as pressas.
Sempre esperada por todos com aflição, sempre.
Não há coração que não dispare assim que me vê...
Uma mãe desesperada.
Uma moça que perde um rapaz de guerra.
A mulher dos seus sonhos de lá do mundo está de aniversário.
As gotas vão à lona.
A mesma conta d'água pra pagar.
Eu, pombo, lixo, merda...
Sei que sempre, ei de chegar.
Mesmo que ninguém me use mais...
Com um batom vermelho, bem do lado esquerdo.
Ou um número de série e um código de barras.
sábado, 30 de janeiro de 2010
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Pó de foco
Sentei no café e devaguei...
Vou pausar o Romantismo Neocolonial seguido da Contemporaneidade Cotidianista pra matutar e concomitantemente me posicionar diante do que vejo vocês vendo sem se manifestarem.
A internet é mesmo uma grande vizinhança cheia de velhas intrigueiras dessas que colocam suas cadeiras na porta de casa ou debruçam com o cotovelo nas janelas e ali se instalam como sentinelas por horas e horas afim de ocupar o que lhes resta de tempo na terra.
O caso é que, o Brasil se perde nas próprias mesquinharias, nos comentários sobre artistas que vão e que vem de algum lugar, políticos que visitam famosos nos hospitais, mais uma senhora com câncer numa clínica caríssima.
Eu na minha mais pura insignificância não vejo relevância. Mas quem ouvirá o ilustre ninguém?
Vejo a corrida desesperada, gananciosa impulsionada pela vaidade.
Ontem li o blog do Mário Bortolotto, o dramaturgo comenta indignado sobre o chilique da Folha.
Pouco tempo atrás o Estadão me lança a matéria sobre o Presidente Lula ligando pra mãe do Caetano, Dona Canô, onde ele "perdoaria" o cantor(que tipo de diplomacia é essa?).
Eu quero é saber quem é que liga pros nossos pais quando tem um PM despreparado nas ruas batendo na cara de qualquer um só porque tem uma barba ou uma tatuagem na perna, e que ainda alega que te parou porque dentro das prisões 99% do pessoal que está lá são tatuados (Meu jovem! Já parou pra pensar que nos shoppings esse número não é diferente?)
Porque ninguém vai visitar o pessoal mais humilde nos hospitais ou faz uma matéria sobre segurança pública, perguntando pra algum "mídia" qualquer: o que ele pensa sobre desmatamentos, recuperação das matas ciliares e reaproveitamentodo seu lixo?
Tá todo mundo maravilhado com as cores, a velocidade e esse intercâmbio que gira nessa panela em que muitos fuçam e poucos sabem usar.
É...Eu lutando aqui pra ainda querer ser jornalista e outros jogando diploma no lixo, sabe? Como se não valesse a pena.
Só me resta agora ser mais uma velha apodrecendo o cotovelo no vão da janela.
Não obrigado.
Vou pausar o Romantismo Neocolonial seguido da Contemporaneidade Cotidianista pra matutar e concomitantemente me posicionar diante do que vejo vocês vendo sem se manifestarem.
A internet é mesmo uma grande vizinhança cheia de velhas intrigueiras dessas que colocam suas cadeiras na porta de casa ou debruçam com o cotovelo nas janelas e ali se instalam como sentinelas por horas e horas afim de ocupar o que lhes resta de tempo na terra.
O caso é que, o Brasil se perde nas próprias mesquinharias, nos comentários sobre artistas que vão e que vem de algum lugar, políticos que visitam famosos nos hospitais, mais uma senhora com câncer numa clínica caríssima.
Eu na minha mais pura insignificância não vejo relevância. Mas quem ouvirá o ilustre ninguém?
Vejo a corrida desesperada, gananciosa impulsionada pela vaidade.
Ontem li o blog do Mário Bortolotto, o dramaturgo comenta indignado sobre o chilique da Folha.
Pouco tempo atrás o Estadão me lança a matéria sobre o Presidente Lula ligando pra mãe do Caetano, Dona Canô, onde ele "perdoaria" o cantor(que tipo de diplomacia é essa?).
Eu quero é saber quem é que liga pros nossos pais quando tem um PM despreparado nas ruas batendo na cara de qualquer um só porque tem uma barba ou uma tatuagem na perna, e que ainda alega que te parou porque dentro das prisões 99% do pessoal que está lá são tatuados (Meu jovem! Já parou pra pensar que nos shoppings esse número não é diferente?)
Porque ninguém vai visitar o pessoal mais humilde nos hospitais ou faz uma matéria sobre segurança pública, perguntando pra algum "mídia" qualquer: o que ele pensa sobre desmatamentos, recuperação das matas ciliares e reaproveitamentodo seu lixo?
Tá todo mundo maravilhado com as cores, a velocidade e esse intercâmbio que gira nessa panela em que muitos fuçam e poucos sabem usar.
É...Eu lutando aqui pra ainda querer ser jornalista e outros jogando diploma no lixo, sabe? Como se não valesse a pena.
Só me resta agora ser mais uma velha apodrecendo o cotovelo no vão da janela.
Não obrigado.
Cubículo
Ainda sinto o gosto da cachaça logo cedo.
Que traguei pra aguentar a falta do café, que a pressa não me deu tesão de preparar...
Sinto ainda bem cedo o sangue cheio de diesel, a vontade parar.
Pensei em expulsar todas da minha vida, as costelas tiradas à força.
O néctar, o suprassumo, meu próprio haxixe, um copo desse chorume goela abaixo.
Calo essa boca com uma média e uma mídia que eu tenho de entregar...
Desabafos de segunda
Que traguei pra aguentar a falta do café, que a pressa não me deu tesão de preparar...
Sinto ainda bem cedo o sangue cheio de diesel, a vontade parar.
Pensei em expulsar todas da minha vida, as costelas tiradas à força.
O néctar, o suprassumo, meu próprio haxixe, um copo desse chorume goela abaixo.
Calo essa boca com uma média e uma mídia que eu tenho de entregar...
Desabafos de segunda
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
Andar A La Caza
Escolhi um pouco mais de mim. Escolhi a batida fofa.
Um pouco mais Brasil, lance regional.
Escolhi o repente de repente.
O Fresco do orgânico, som e cheiro de chuva na pintada do sintético.
Balancei o balanceio, baguncei o meu coreto incansáveis vezes trepidando dentro de cada sentimento centímetro agulha que seja.
Ahh! Me renovarei novamente tateando no escuro, um baú colorido imundo.
Percebi que o encontro entre o que se escuta e o que se vê é inevitável e assim ali nesse canto meia luz "achar-me-ei"
"Rocksambeados" ou "Transambas Caetaneosos", "Bluesificando a Folia De Reis" e o "Baião de Jazz" finamente misturados aos "Acolchoados Almodóvares" e a "Fotografia" de Abreu.
Sempre com um motivo pra gritar, com a minha sempre musa pra esperar, na mais pura importância do vácuo e o desapego do seu sagrado.
Assim, eternamente, até que eu pense o contrário, continuarei tomando esse banho feito do que há de novo, na banheira velha da minha vó.
Um pouco mais Brasil, lance regional.
Escolhi o repente de repente.
O Fresco do orgânico, som e cheiro de chuva na pintada do sintético.
Balancei o balanceio, baguncei o meu coreto incansáveis vezes trepidando dentro de cada sentimento centímetro agulha que seja.
Ahh! Me renovarei novamente tateando no escuro, um baú colorido imundo.
Percebi que o encontro entre o que se escuta e o que se vê é inevitável e assim ali nesse canto meia luz "achar-me-ei"
"Rocksambeados" ou "Transambas Caetaneosos", "Bluesificando a Folia De Reis" e o "Baião de Jazz" finamente misturados aos "Acolchoados Almodóvares" e a "Fotografia" de Abreu.
Sempre com um motivo pra gritar, com a minha sempre musa pra esperar, na mais pura importância do vácuo e o desapego do seu sagrado.
Assim, eternamente, até que eu pense o contrário, continuarei tomando esse banho feito do que há de novo, na banheira velha da minha vó.
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