sábado, 30 de janeiro de 2010

Óbvio

...Pode ser numa manhã de sábado, num dia horrível...
Posso ser notícia ruim, me espalho bem...
Colada ou lambida no selo, todo rasurado, feito à mão, ou impresso as pressas.
Sempre esperada por todos com aflição, sempre.
Não há coração que não dispare assim que me vê...

Uma mãe desesperada.
Uma moça que perde um rapaz de guerra.
A mulher dos seus sonhos de lá do mundo está de aniversário.
As gotas vão à lona.
A mesma conta d'água pra pagar.

Eu, pombo, lixo, merda...
Sei que sempre, ei de chegar.
Mesmo que ninguém me use mais...

Com um batom vermelho, bem do lado esquerdo.
Ou um número de série e um código de barras.

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